sábado, 29 de setembro de 2012

Má Companhia, IV

11 de junho de 2015 - 3º ano da Era do Apocalipse (Continuação)

As coisas vão mal.
Neste exato momento, o Senhor me envia uma provação que não sou capaz de suportar em silêncio.Choro, e minhas lágrimas ardem em minha face como se fossem a vergonha vertida em ácido.

O coronel veio de novo até nós, com sua demanda por carne e espírito. Serei eu, oh Senhor, digno de tamanha provação? Serei eu humilde o bastante para silenciar enquanto o homem envolto em pecados se satisfaz com a carne de minha esposa?

Esse é o preço que me é cobrado. Os gemidos de Cecília me enchem de vergonha e humilhação...
Ele está com ela, a beira do lado... eu os ouço em pecado, porque sei o que é pecaminoso e o que não é. E tem sido assim por quase um ano, desde que nos unimos à resistencia. O Coronel é nosso líder, e ele tem direiro a se satisfazer como homem... Ou não será o nosso líder mais do que um homem...
Ele não é mais que um homem, tampouco o sou eu.


Aos olhos de Cristo, isto é ABOMINAÇÃO.

A besta assumiu o corpo do Coronel novamente... para satisfazer seu desejo profano, nada além de dor e humilhação é imposto a minha família..

Preciso AGIR. o Senhor meu Deus está comigo.
Nada posso fazer senão orar em silêncio, assim como o estrangeiro o faz, na beira do lago. Estranhos aliados me envia na hora incerta, oh Senhor!

Que assim seja... mas minha fé não pode suportar muito tempo...
a manhã surgirá, trazendo as boas novas e a  revelação.

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